terça-feira, 26 de novembro de 2013

A tia desaparecida

 A tia desaparecida


            Uma família foi à praia passar uns dias de férias e resolveram levar uma tia já bem idosa, como forma de presenteá-la pelos seus 90 anos. Foram dois carros bem cheios e uma carretinha rebocada por um deles, com mantimentos e bebidas. A viagem de ida transcorreu tudo as mil maravilhas, tiveram que parar algumas vezes a mais para a tia ir ao banheiro e tomar remédios.   

            Chegando ao destino, depois de tudo arrumado, todos foram à praia para verem a reação de sua querida tia. Como ela ainda não conhecia o mar ficou deslumbrada com o tamanho e beleza daquele mundéu de água salgada. A senhorinha ficou horas vendo aquela imensidão azul, que sumia de vista e as ondas intermináveis que chegavam à praia. No primeiro momento, preferiu ficar só observando do lado de fora à sombra de um guarda sol. Depois de muita resistência e com a ajuda dos sobrinhos resolveu molhar os pés um pouquinho. No dia seguinte já se aventurava entrar sozinha, mas sempre bem no rasinho com a água no máximo até as canelas.
            Foi se adaptando ao ambiente lentamente, no terceiro dia sentiu vontade de fazer xixi e entrou no mar até a água chegar quase à cintura. Em uma dessas entradas acabou desequilibrando e levando um caixote da onda, de repente a senhorinha sumiu a beira mar.
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                                                       Kennedy Pimenta 

sábado, 16 de novembro de 2013

Barganha entre Catireiros


                               Barganha entre Catireiros

               No arraial do Santo Hilário, havia dois fazendeiros vizinhos de porteira. Um deles tratado como Soizé e o outro de Tião Maneca. Gostavam de fazer uma catira (comprar, vender ou trocar) qualquer coisa que lhes dessem um lucrinho. Comenta-se que os dois sempre saiam levando vantagem em suas barganhas. Como diz meu pai, mais fino do que assobio de macaco (velhaco), e nunca metiam a mão em uma cumbuca. Quando os dois faziam uma catira entre si, dizem que ambos saiam ganhando que jamais perdiam. Neste caso, quem perdia era o governo, as testemunhas, o vizinho, o banco ou quem mais estivesse por perto..............................

Delírios da paixão

Delírios da paixão

Nunca havia sentido a magia
De sonhar acordado noite e dia.
Embriagar-se de eterna fantasia
Que ilumina a alma e contagia............

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Incontroláveis sentimentos

Incontroláveis sentimentos
 
 
Ainda que passageiros sejam os nossos amores
Que nasça, viva, perfume e murche como as flores.
Que sejam eternos enquanto perdurem por esta vida
Mesmo nos deixando desolados de angustia na partida.
 
Ainda assim vale a pena experimentar esta sensação
Que nos alimenta a alma e enfeitiça o coração.
Entram em nossas vidas fazendo o maior vendaval
Transforma dias simples em pleno carnaval.
 
Dói-me pensar que nada é eternamente certo
Às vezes Oasis em flor, outrora ressequido deserto.
Paixões irreprimíveis que assolam o nosso ser
Desilusões fatídicas que nos levam ao entristecer.
 
Sonhos verdadeiros desmoronam como castelos de areia
Sem acreditar na razão acabo sempre preso na mesma teia.
Não consigo fugir dos meus incontroláveis sentimentos
Apesar do risco de acabar em lamúrias e desalentos.
 
Faz parte desta existência, pelos amores impossíveis lutar
E a cada desilusão sofrida, esperança em um novo recomeçar.
Nada acontece sem o nosso desejo e permissivo consentimento
Viva intensa e corajosamente a imortalidade de cada momento.
 
Kennedy Pimenta